17 de Setembro, 2021 / Mercado
Voltar

Dados, ferramentas, tecnologia... e propósito!

Edmar Prigol - Sócio e Diretor de Estratégia


Além de como você capta e usa seus dados, as perguntas que realmente importam são o “porque” e “o que” você faz com isso.

Dados, ferramentas, tecnologia... e propósito! Dados, ferramentas, tecnologia... e propósito!

Se tem algo que os profissionais da indústria da comunicação e criatividade gostam é a tal da analogia. Talvez por sermos, geralmente, muito visuais, a comparação de uma situação complexa de trabalho, seja ela hipotética ou não, fica mais fácil de ser entendida e explicada através de uma história próxima do nosso dia a dia. Afinal, de uma forma ou de outra, somos todos contadores de histórias.

Um dos textos mais legais que li nos últimos tempos foi no LinkedIn da Irina Didier, Diretora de Estratégia na iD\TBWA. E, como você pode imaginar, é uma analogia e ficou marcado em minha mente por muito tempo. Ela fala sobre o uso de dados na comunicação, explica que os dados são como âncoras que nos mostram a localização aproximada do barco. Mas que a âncora não é o barco. Ou seja, os dados podem nos mostrar uma aproximação da realidade, mas elas não refletem a realidade exata, eles “não são o barco”.
Gosto muito dessa analogia. O trabalho na área de comunicação, no fim do dia, é sobre pessoas, emoções, sonhos, pensamentos, histórias de milhares de vidas complexas e profundas e incríveis. Não é algo facilmente traduzido em números ou em uma planilha, e digo isso sendo a pessoa que adora planilhas.

Acreditamos em resolver problemas de forma criativa, criar conexões e gerar resultados impactantes. Queremos construir marcas melhores, que agem de forma diferente e usam as informações disponíveis para se relacionarem com seus clientes de forma relevante e verdadeira. E assim, tornam-se capazes de emocionar, encantar, de se conectar e de ir além. E isso ultrapassa dados e métricas.

Nesse sentido, as ferramentas que usamos, os dados que captamos e as tecnologias que implementamos servem para fomentar a próxima campanha, o novo produto, a transformação de um negócio.

Afinal, não adianta descobrir que 85% dos brasileiros estão mais conscientes quanto ao seu impacto no meio ambiente desde o início da pandemia se sua marca não agir a respeito, não implementar políticas ESG, ou compensação de crédito de carbono, destinação de resíduos, entre outras iniciativas.
De nada adianta investir em uma estrutura de digitalização e BI, se não for investir em ações de impacto real, ações que façam a diferença no seu negócio e na vida das pessoas que estão conectadas com sua marca.

Dados por dados são vazios, ferramentas sem uso não servem para nada, tecnologia que não vem acompanhada de um mindset de mudança cultural não vai gerar frutos.
O trabalho real é o trabalho de análise, pesquisa, insights, criação de ideias de valor, implementação e operacionalização delas.
É só esse caminho (longo e difícil) que vai gerar mudanças e resultados transformadores.

Uma frase que li/ouvi a muitos anos atrás dizia algo nesse sentido: “O momento quando lançamos uma campanha para as ruas. Esse é o momento que o trabalho começa de verdade.”
No sentido de iniciarmos o monitoramento, manutenção e ajustes da campanha, de acordo com as reações do público, com as mudanças de mercado e com as métricas de negócio.

Pois agora também acredito que, no momento que apresentamos o relatório final de resultados de uma campanha, com todos os gráficos, dados e aprendizados, é nesse momento que a próxima campanha começa: usando os dados e aprendizados para criar algo melhor.

Um novo briefing.

Uma nova campanha.

Um novo projeto.

É agora que o trabalho começa de verdade.

 

 

Voltar para o Topo